29.12.11

Sobre criação artística, Magno Mello

Conceito

A criação requer conteúdo antecipado, conhecimento, vivência, subjetividade.
Isso quer dizer que se pode ter uma boa idéia, mas se não houver conteúdo, preparo suficiente, é improvável que essa idéia se transforme num bom conceito, em algo que valha a pena existir no mundo, a não ser como uma espécie de droga para o próprio ego.
Uma das principais exigências do conceito é a sensibilidade para se detectar hiatos no conjunto do que já existe.
E também há que se enxergar a filosofia invisível por trás de todas as coisas, que tenham conexão com algum tipo de sentimento humano, que sejam comunicáveis, transformadoras e que façam sentido.
Não existe conceito se não houver sentido.
Conceito é também capacidade de síntese; aliás, o conceito geralmente já é algo bastante sintético, que comprime várias idéias dentro de uma idéia, rico em possibilidades de desdobramentos, concretos e ou abstratos.
E, por fim, para se obter um bom conceito é importante que se saiba redefinir situações, desconstruir o previsto, ou seja, inventar outras formas para se transmitir determinado conteúdo.

Mergulho e afastamento

Certa vez li uma passagem do dramaturgo Autran Dourado em que ele dizia - não me lembro das exatas palavras - que para um autor emocionar seu público, deveria deixar de emocionar a si mesmo no momento da criação.

Isso teve profundo efeito sobre mim à época, pois percebi ali a importância do afastamento, do saber olhar com distanciamento a própria criação, com visão crítica, e assim poder lapidá-la a contento, sem permitir a obnubilação do bom senso pelo ego.

Hoje acredito que isso seja apenas a metade da história. A outra metade consiste sim, num mergulho apaixonado, febril, dilacerado e, muitas vezes, egóico.

Percebi que esta é justamente a grande dificuldade de se criar algo significativo e tocante: conseguir mergulhar profundamente e num instante seguinte afastar-se, alçar vôo e olhar a coisa de cima, criticamente, racionalmente, e logo em seguida mergulhar de novo na afetividade, na emoção, e repetir a ação por muitas vezes, até se chegar a resultados satisfatórios.

Subjetividade

No processo criativo nada é mais importante do que se chegar à própria subjetividade, nesse encontro consigo mesmo.Pois toda subjetividade traz em si um percurso emocional, racional, visual, tátil, auditivo - entre outros - único; ou seja, uma história de vida singular.

Por isso, quanto mais perto chegamos de nós mesmos no momento da criação, mais chances temos de trazer à tona algo que soe novo, que tenha frescor, que seja original, acima da expectativa comum.

Para se criar um produto criativo com qualidade suficiente para arrebatar um interlocutor - e isso não é nada fácil – é preciso, portanto, possuir essa capacidade de traduzir-se em idéias, a partir de nossa mais profunda intimidade: a que mora antes mesmo das palavras e dos signos.


Clube Caiubi de Compositores

19.12.11

3 Valetes - Um Passeio pelo Samba

Conheça o show "Um passeio pelo Samba", este rico gênero musical, e suas vertentes com os 3 Valetes.


Dia 19/12 (segunda feira)  no Shopping Meier às 19h - Duets (MPB & Pop)
Av Dias da Cruz, 255 - Meier

Dia 22/12 (quinta feira)  no Brazooka às 21h com o projeto Sambokê (samba)
Rua Mem de Sá, 70 - Lapa

Dia 23/12 (sexta feira)  no Shopping Downtown às 19h com Mariane Guerra
Av das Américas, 500 - Barra


Assista aos vídeos do show:
Aquele Abraço - Gilberto Gil (Samba MPB)
E Vamos a luta - Gonzaguinha (Samba MPB)

14.12.11

DECRETO Nº 7.641, DE 12/12/ 2011, Para Convênios

Altera o Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, que dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse; altera o Decreto nº 7.568, de 16 de setembro de 2011; e estabelece prazos para implantação de funcionalidades no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse - SICONV.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

DECRETA:

Art. 1º  O Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, passa a vigorar acrescido do seguinte dispositivo:

“Art. 18-B.  A partir de 16 de janeiro de 2012, todos os órgãos e entidades que realizem transferências de recursos oriundos dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União por meio de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria, ainda não interligadas ao SICONV, deverão utilizar esse sistema.

Parágrafo único.  Os órgãos e entidades que possuam sistema próprio de gestão de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria deverão promover a integração eletrônica dos dados relativos às suas transferências ao SICONV, passando a realizar diretamente nesse sistema os procedimentos de liberação de recursos, acompanhamento e fiscalização, execução e prestação de contas.” (NR)

Art. 2º O art. 7º do Decreto nº 7.568, de 16 de setembro de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 7º  O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão deverá, até 16 de janeiro de 2012, disponibilizar no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse - SICONV as adaptações necessárias ao cumprimento do disposto nos arts. 3º-A e 13-A do Decreto nº 6.170, de 2007.

Parágrafo único.  Até a data prevista no caput, o comprovante exigido no inciso VI do § 2º do art. 3º e a aprovação de que trata o art. 3º-A, ambos do Decreto nº 6.170, de 2007, serão apresentados apenas na forma física, nos autos do processo.” (NR)

Art. 3º  Ficam estabelecidos os prazos para implantação, pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, das seguintes funcionalidades no SICONV:

I - até 16 de janeiro de 2012: Acompanhamento e Fiscalização;

II - até 2 de maio de 2012: Chamamento Público, Módulo Específico para Termos de Parceria, Cotação Prévia de Preços para as Entidades Privadas sem Fins Lucrativos e Tomada de Contas Especial; e

III - até 30 de julho de 2012: Ordem Bancária de Transferências Voluntárias.

Parágrafo único.
  Para os efeitos deste Decreto, considera-se Ordem Bancária de Transferências Voluntárias a minuta da ordem bancária de pagamento de despesa do convênio, termo de parceria ou contrato de repasse encaminhada virtualmente pelo SICONV ao Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI, mediante autorização do Gestor Financeiro e do Ordenador de Despesa do convenente, ambos previamente cadastrados no SICONV, para posterior envio, pelo próprio SIAFI, à instituição bancária que efetuará o crédito na conta corrente do beneficiário final da despesa.

Art. 4º  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 12 de dezembro de 2011; 190º da Independência e 123º da República. 

DILMA ROUSSEFF
Guido Mantega
Miriam Belchior
Jorge Hage Sobrinho

Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.12.2011

13.12.11

Centenário de Luiz Gonzaga

No dia em que se comemoram os 99 anos do mais importante artista da música popular brasileira, o sertanejo de Exu Luiz Gonzaga, o Jornal do Commercio inicia a publicação de quatro cadernos especiais para reverenciar o rei do baião. O objetivo não é explicar o fenômeno da longevidade da influência de Gonzagão: pretende observar os desdobramentos diversos do imenso legado do artista. Em Pernambuco, no Brasil e no exterior, onde o baião, sem apelações ao ufanismo, foi mais influente do que se imagina. Parabéns, pois, para seu Luiz, o homem que não foi apenas o cantador de uma região, mas de todo o povo brasileiro.

Luiz Gonzaga do Nascimento, nascido numa sexta-feira, 13 de dezembro de 1912, em Exu (PE), foi o mais importante nome da música popular brasileira em todos os tempos. Pode-se fazer tal afirmação sem correr o risco de cometer uma heresia numa terra que deu gênios como Tom Jobim, Chico Buarque, Ary Barroso ou Noel Rosa.

A importância de Luiz Gonzaga deve-se à abrangência que sua obra teve - e tem - por todo o território brasileiro. Não há região no Brasil onde não se faça alguma música cujas origens não estejam no que Gonzaga disseminou pelo País a partir de 1946, quando começou o reinado do baião. São raros os compositores, surgidos depois de seu Lua, que não tenham em seu repertório um baião, um xote, um xaxado, alguns dos vários ritmos nordestinos estilizados e urbanizados por ele.

Nos anos 50, quase nenhuma estrela da era do rádio ficou imune ao baião. Em 1953, na Columbia, o jovem Cauby Peixoto lançou o baião Caruaru (Belmiro Barrela). Nelson Gonçalves, ídolo no Brasil inteiro, com uma obra que pontificavam sambas-canção e tangos passionais, rendeu-se ao ritmo da moda e até compôs um baião, em parceria com Dênis Brean, Vai meu baião (1952). No Recife, o maestro Nelson Ferreira atreveu-se a mexer no frevo de rua, enxertando o ritmo pernambucano com o baião, em Isquenta muié, gravado em 1954, pela Orquestra do Maestro Zacarias.

Compositores de samba e marchinhas carnavalescas, boleros ou tangos, embarcaram no trem do baião: David Nasser, Hervé Cordovil, Klecius Caldas e Armando Cavalcanti foram alguns deles. Até o autor romântico russo Tchaikovski entrou para o mundo do baião, em 1958, com a sua Suite quebra-nozes, peça adaptada pelo maestro Panicalli para o ritmo. Mais do que qualquer outro gênero musical, o baião amealhou adeptos dos mais variados estilos. A música de João Gilberto causou impacto quando surgiu em 1958. Jovens, principalmente, aderiram à bossa nova imediatamente. No entanto, com exceções, a bossa nova não atraiu artistas da velha guarda. Pelo contrário, criou-se logo uma corrente contrária. Críticos polemizavam na imprensa pró ou contra a bossa nova.

ARRASA-QUARTEIRÃO - O baião foi aceito sem ressalvas. Quer dizer, a não ser de vozes isoladas, provavelmente pelo arrasa-quarteirão que foi o ritmo, que chegou a ameaçar a soberania do samba. Em 1955, numa entrevista para a Revista de Música Popular, Dorival Caymmi, amigo de boemia de Humberto Teixeira, alfineta o ritmo do momento: "A nossa música popular recebe em cada fase muitas influências exóticas e de um caráter estritamente comercial. Há muitas falsidades, como o baião e a música do morro".

Um exemplo recente dá uma ideia da força da obra de Lua na música popular brasileira (e até erudita). Recanto, o recente disco da cantora baiana Gal Costa, considerado o mais experimentalista já feito por ela, termina com um baião escrito por Caetano Veloso. Não por acaso, foi com um baião que Caetano começou a ser conhecido como compositor (Boa palavra, com o qual ganhou o prêmio de Melhor Letra, no festival da Record, em 1966). Reforçando a afirmativa, na virada do século 20, a TV Globo realizou uma enquete para escolha da música do século. Ganhou Águas de março, de Tom Jobim, um baião.

A carreira de Luiz Gonzaga é a vitória do improvável. O caboclo nordestino, semianalfabeto - filho de meeiros em uma fazenda de um coronel sertanejo -, cuja mais destacada posição na sociedade até chegar ao sucesso foi a de ex-soldado do exército. Apesar disso tudo, Luiz Gonzaga venceu como artista do rádio e do disco na então capital federal. Sua voz passou a ser ouvida no País inteiro.

Sua popularidade em meados dos anos 1950 era tanta que as máquinas da RCA, em tempos de lançamentos de um novo disco do Rei do Baião, trabalhavam só para ele. Mais extraordinário: 70 anos depois de ter conseguido gravar o primeiro 78rpm, ele e sua obra continuam reverenciados, influentes. Como explicar o fenômeno Luiz Gonzaga e a influência de sua música até os dias de hoje? É o que pretende esta série de cadernos especiais iniciada hoje, numa data simbólica, a do seu aniversário de 99 anos, e que terminará em 13 de dezembro de 2012, dia em que Gonzagão completaria 100 anos.

Leia mais no JC desta terça-feira (13)

9.12.11

‘A Privataria tucana’, de Amaury Ribeiro Jr.

"Não, não era uma invenção ou uma desculpa esfarrapada. O jornalista Amaury Ribeiro Jr. realmente preparava um livro sobre as falcatruas das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso. Neste fim de semana chega às livrarias “A Privataria Tucana”, resultado de 12 anos de trabalho do premiado repórter, que durante a campanha eleitoral do ano passado foi acusado de participar de um grupo cujo objetivo era quebrar o sigilo fiscal e bancário de políticos tucanos. Ribeiro Jr. acabou indiciado pela Polícia Federal e tornou-se involuntariamente personagem da disputa presidencial."

Excelente entrevista da Carta Capital, ao jornalista Amaury Ribeiro Jr.
Vamos direto à fonte: Carta Capital.

Sónar São Paulo 2012

Teve início às 0h desta quinta-feira (8/12), a venda de ingressos para o festival Sónar São Paulo – Festival Internacional de Música Avançada e New Media Art, realizado pela Dream Factory e Advanced Music, e patrocínio da Doritos e Samsung, que ocorre nos dias 11 e 12 de maio de 2012, no Parque Anhembi, com atrações como Björk (que deve tocar no dia de abertura do evento), Justice (que se apresenta no segundo dia), Alva Noto & Ryuichi Sakamoto, James Blake, Four Tet, Modeselektor Little Dragon, entre outros nomes internacionais.

Os nomes brasileiros já anunciados para o line up são Emicida, The Twelves, Psilosamples, DJ Dago e Bruno Belluomini.

Neste primeiro período de vendas, que vai até o dia 11 de janeiro de 2012, o passaporte para os dois dias custa R$ 350 e os tíquetes avulsos para cada dia saem por R$ 200. Estudantes pagam meia-entrada. A partir do dia 12 de janeiro os preços serão modificados.

O Sónar São Paulo 2012 terá início no dia 11 de maio a partir das 19h, estendendo-se até às 5h do dia seguinte. No dia 12 de maio os portões abrem às 15h e as atividades encerram-se às 5h da manhã do outro dia.

Confira
 
Dias do evento: 11 e 12 de maio de 2012
Local do evento: Parque Anhembi
Horários: 11 de maio – das 19hs às 05hs
12 de maio – das 15hs às 05hs
Venda de ingressos: Iniciam às 00hs do dia 08/12

Preços de ingressos de 08/12/11 a 11/01/12: sexta-feira – inteira – R$ 200,00
sexta-feira – meia – R$ 100,00
sábado – inteira – R$ 200,00
sábado – meia – R$ 100,00
passaporte 2 dias – inteira – R$ 350,00
passaporte 2 dias – meia – R$175,00

Preços de ingressos de 12/01 a 10/05: sexta-feira – inteira – R$ 230,00
sexta-feira – meia – R$ 115,00
sábado – inteira – R$ 230,00
sábado – meia – R$ 115,00
passaporte 2 dias – inteira – R$ 400,00
passaporte 2 dias – meia – R$ 200,00

Preços de ingressos dias 11 e 12/05: sexta-feira – inteira – R$ 250,00
sexta-feira – meia – R$ 125,00
sábado – inteira – R$ 250,00
sábado – meia – R$ 125,00
passaporte 2 dias – inteira – R$ 450,00
passaporte 2 dias – meia – R$ 225,00

Ponto de venda: www.ingresso.com.br

Mais informações: www.sonarsaopaulo.com.br

3.12.11

Folias Metafísicas se encerra em dezembro (RJ)


O passeio do espetáculo Folias Metafísicas pelos parques cariocas se encerra em dezembro com jornada dupla: o belíssimo Parque das Ruínas, em Santa Teresa, aos sábados; e o aconchegante Parque da Chacrinha, em Copacabana, aos domingos.

Os horários também são dois, sempre ao ar livre. Em Santa Teresa a peça é às 17h, ao lado do café, no alto, diante daquele visual maravilhoso com direito a um pôr-do-sol de cartão postal no fim da peça.

Em Copacabana a peça é às 11h, cercados de verde e ar puro dentro do bairro mais cosmopolita do Rio.


Reciclagem de Lixo Eletrônico no Rio

A Regenero coleta e reaproveita DVDs players, tevês, cabos, vhs, etc.