21.8.11

O que muda com a abertura do mercado de TV a cabo

De: SOFIA FERNANDES e VALDO CRUZ

O Senado aprovou ontem o projeto de lei que abre o mercado de TV a cabo para as empresas de telecomunicações nacionais e estrangeiras e define cotas nacionais de programação.

O texto vai a sanção presidencial. O projeto unifica a regulamentação de TV por assinatura, seja via satélite, cabo ou micro-ondas, e derruba a legislação específica para TV a cabo hoje em vigor.

Estados perdoam parte da dívida da GVT para receber imposto

A atual lei do cabo proíbe que teles estrangeiras controlem TV a cabo. As nacionais também eram proibidas, mas a Anatel estava mudando essa determinação.

Agora, as teles ficarão legalmente liberadas para controlar empresas do setor. Com isso, o governo espera ampliar a competição de TV por assinatura, baratear o serviço e usar o negócio como um vetor de crescimento de conexões à banda larga.

As empresas de telefonia fixa poderão vender os chamados "combos" de TV paga, telefone e banda larga. O projeto, porém, mantém as teles fora do processo de produção de conteúdo.

O projeto de lei define ainda cotas para produção nacional. Os canais deverão veicular três horas e meia por semana de conteúdo produzido no Brasil das 18h às 22h.

Há ainda a determinação de que metade da cota nacional seja produzida por empresas que não sejam vinculadas a grupos de radiodifusão. Será um total semanal de uma hora e 45 minutos de programação independente.


ANCINE

O texto, que tramitava havia quatro anos, determina à Ancine a função de verificar o cumprimento dessa meta de veiculação de conteúdo brasileiro e independente. O papel da agência foi a principal crítica da oposição.

O senador José Agripino Maia (DEM-RN) afirmou que, apesar de votar a favor do projeto, entrará com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a atribuição de tarefas à Ancine.

O relator do projeto, senador Walter Pinheiro (PT-BA), afirmou que não há delegação de funções novas à Ancine, que já tem a tarefa de regulação do setor.

O texto foi aprovado no Senado sem modificações. O projeto acaba com o limite de participação estrangeira no setor de TV a cabo no país, que era limitado a 49%.

CONSOLIDAÇÃO

O mercado já aposta em mudanças no setor com a aprovação da lei. O negócio mais esperado é a troca de comando na Net, hoje controlada pelas Organizações Globo. O empresário mexicano Carlos Slim e dono da Embratel, sócio na TV a cabo, deve assumir o controle da empresa.

A Telefônica deverá assumir o controle da TVA. Para a empresa, o cliente ganhará com a maior concorrência. "O principal beneficiado será o consumidor, que terá à disposição um leque maior de opções de provedores ofertando TV por assinatura", diz a empresa. Net e a Oi não se pronunciaram.


Fonte: Portal do Consumidor

6.8.11

Rio de Janeiro e seus mistérios ($$)

Ao observar o relatório de despess do estado do Rio de Janeiro (Sérgio Cabral), notamos um dado que nos chamou a atenção, na Tabela de Custeio.

Enviamos um e-mail pedindo esclarecimentos do que se tratava mas até o momento, não recebemos resposta. Alguém pode esclarecer o que sejam essas 'Contribuições"?

Vejam:

DESPESAS COM CUSTEIO
Comparativo - Estado do Rio de Janeiro - Dezembro 2010/2009



Em Milhares
Descrição Dez/10 Dez/09 Var. %
Aposentadorias e Pensões
7.882.428
6.902.496
14,20%
Auxilio Financeiro a Estudantes
106.508
98.132
8,53%
Auxilio Financeiro a Pesquisadores
107.896
109.525
-1,49%
Material de Consumo
786.351
1.022.055
-23,06%
Outros Serviços de Terceiros - PF
186.336
152.615
22,10%
Outros Serviços de Terceiros - PJ
5.255.719
4.110.790
27,85%
Contribuições
618.385
135
457.963,09%
Obrigações Tributárias e Contributivas
389.022
343.147
13,37%
Sentenças Judiciais
155.259
355.208
-56,29%
Outras
648.103
653.392
-0,81%
Total
16.136.007
13.747.496
17,37%

Link para a Tabela: http://www.fazenda.rj.gov.br/portal/index.portal?_nfpb=true&_pageLabel=cidadao&codigo=1850001&sitio=fazenda&file=/prest_contas/cidadao/2010/despesas/custeio.shtml